Resumo
Objetivo – Empresas e credores podem adiar certas decisões devido a ações que
exigem coordenação nas recuperações de empresas. Este artigo investiga atrasos
na votação de planos de recuperação durante as assembleias gerais de credores
no Brasil.
Metodologia – Utilizando uma amostra de 120 planos de recuperação coletados
manualmente, apresentamos análises descritivas e de regressão (mínimos quadrados
ordinários, ou MQO, Poisson, regressões binomiais negativas e quantílicas) para
mostrar as principais características dos atrasos na votação.
Resultados – Nossos resultados revelaram que uma alta concentração de dívida
entre as classes de credores está relacionada a menos atrasos. Além disso, um
número maior de bancos e credores com garantia real que possuem direitos de
crédito na recuperação está positivamente correlacionado com os atrasos. Por fim,
argumentamos que os planos de recuperação que requerem tempo adicional para
a votação estão relacionados a propostas de desinvestimento.
Contribuições – Ainda faltam resultados empíricos baseados na avaliação de
características dos vários credores e da proposta de recuperação apresentada no plano
de recuperação da empresa. Este é o primeiro artigo no Brasil que explora como
os conflitos de interesse entre as classes de credores podem estar relacionados aos
atrasos. Nosso artigo contribui para a literatura desenvolvida por Gilson (1990),
Gilson et al. (1990), Brown et al. (1993), Franks e Tourus (1994), Helwege
(1999), Ayotte e Morrison (2009), Ponticelli (2012) e Ivashina et al. (2015) sobre
as características dos atrasos na votação do plano de recuperação durante os casos
de reestruturação. Corroboramos os resultados obtidos em trabalhos anteriores e
fornecemos uma análise do papel desempenhado por cada classe de credores no
atraso da votação do plano em empresas brasileiras.
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